Selvagem ( ) - перевод на русский
Diclib.com
Словарь ChatGPT
Введите слово или словосочетание на любом языке 👆
Язык:

Перевод и анализ слов искусственным интеллектом ChatGPT

На этой странице Вы можете получить подробный анализ слова или словосочетания, произведенный с помощью лучшей на сегодняшний день технологии искусственного интеллекта:

  • как употребляется слово
  • частота употребления
  • используется оно чаще в устной или письменной речи
  • варианты перевода слова
  • примеры употребления (несколько фраз с переводом)
  • этимология

Selvagem ( ) - перевод на русский

Pensamento Selvagem; Pensamento selvagem

selvagem         
PÁGINA DE DESAMBIGUAÇÃO
Selvagem (filme)
лесной, дикий, невозделанный, (перен.) дикий, нелюдимый, необузданный, (перен.) невоспитанный, грубый, дикарь, дикарка
cavalo selvagem         
PÁGINA DE DESAMBIGUAÇÃO DA WIKIMEDIA
мустанг
cavalo selvagem         
PÁGINA DE DESAMBIGUAÇÃO DA WIKIMEDIA
мустанг

Определение

selvagem
adj m+f (provençal salvatge)
1 Da selva ou próprio dela; agreste, bravio, montês.
2 Que não tem civilização; incivilizado, inculto.
3 Despovoado, deserto, ermo, sem habitantes.
4 Que vive nas selvas, nos bosques, nos desertos e longe das aglomerações dos homens civilizados.
5 Que não está domesticado; bravo.
6 Bot Que nasce e cresce sem cultura, sem cuidado especial; bravo, silvestre.
7 Grosseiro, rude, rústico.
8 Bruto, ignorante.
9 Nômade, bárbaro.
10 Que tem relação com este estado ou gênero de vida.
11 Que evita o convívio humano, ou gosta de viver só.
12 Contrário ao uso
Antôn (acepções 2 e 4): civilizado. sm
1 Pessoa que não vive na sociedade civilizada.
2 Pessoa que vive nas selvas; o índio não assimilado à civilização.
3 Pessoa grosseira, rude.
sf (provençal salvatge) arc Antiga peça de artilharia; salvagem.

Википедия

O pensamento selvagem

O pensamento selvagem (La pensée sauvage) é um livro do antropólogo Claude Lévi-Strauss publicado em 1962 pela editora Plon em Paris.

Esse antropólogo, criador do método estrutural, estudou os povos ditos primitivos, contestando o racismo e a noção de primitivo, e comparou etnografias realizadas em todos os continentes.Talvez a sua principal contribuição seja sua demonstrável constatação de que os chamados selvagens não são atrasados, "menos evoluídos", selvagens nem primitivos, apenas operam de modo distinto da nossa civilização ocidental, com o que a antropologia convencionou denominar pensamento mítico-religioso ou magia. Lévi-Strauss nos demonstra que o pensamento mítico em termos de operações mentais é comparável ao pensamento científico, diferindo quanto à questões do determinismo causal, global e integral para o primeiro e em níveis distintos, não aplicáveis uns aos outros, no pensamento científico. (Levi-Strauss o.c. p.31-32)

Ou melhor o “pensamento em estado selvagem” o mito, enquanto arte (narrativa, bricolagem) ou em suas relações com a ciência e a atividade classificatória em termos das possibilidades formais devem ser considerados como uma pré-condição da linguagem, antes de o tomarmos esta última como a particularidade da espécie humana.

O mito e o rito, escreve Lévi-Strauss, não são simples lendas fabulosas, mas uma organização da realidade a partir da experiência sensível enquanto tal. Para explicar a composição do mito, organiza três características principais: função explicativa, o presente é explicado por alguma ação passada cujos efeitos permaneceram no tempo; função organizativa, o mito organiza as relações sociais (de parentesco, de alianças, de trocas, de sexo, de identidade, de poder, etc.) de modo a legitimar e garantir a permanência de um sistema complexo de proibições e permissões; e, por fim, uma função compensatória, o mito narra uma situação passada, que é a negação do presente e que serve tanto para compensar os humanos de alguma perda como para garantir-lhes que um erro passado foi corrigido no presente, de modo a oferecer uma visão estabilizada e regularizada da natureza e da vida comunitária.

Segundo Viveiros de Castro, antes de limitar-se à uma interpretação de mitos Levi-Strauss, em alguns de seus livros, analisa as disposições universais do pensamento humano: ameríndio, europeu, asiático ou qualquer outro. Em suas palavras: O “pensamento selvagem” não é o pensamento dos “selvagens” ou dos “primitivos” (em oposição ao “pensamento ocidental”), mas o pensamento em estado selvagem, isto é, o pensamento humano em seu livre exercício, um exercício ainda não-domesticado em vista da obtenção de um rendimento. O pensamento selvagem não se opõe ao pensamento científico como duas formas ou duas lógicas mutuamente exclusivas. Sua relação é, antes, uma relação entre gênero (o pensamento selvagem) e espécie (o pensamento científico). Ambas as formas de pensamento se utilizam dos mesmos recursos cognitivos; o que as distingue é, diz Lévi-Strauss, o nível do real ao qual eles se aplicam: o nível das propriedades sensíveis (caso do pensamento selvagem), e o nível das propriedades abstratas (caso do pensamento científico).